quarta-feira, 30 de julho de 2014

Modo Subjuntivo - Erros comuns

Veja os erros comuns na utilização do Subjuntivo
Fonte: Palavra Certa

Delicadeza nas palavras gera confiança.
Delicadeza no pensamento gera profundidade.
Delicadeza no doar-se gera Amor.
          ( Lao Tsé )

ENTENDA O CONFLITO ISRAEL / PALESTINA

A história tem muitas facetas. Aqui está a minha contribuição com mais uma delas. A imparcialidade ainda é a melhor política, mesmo que as vezes seja difícil não tomar partido.
 
[ Professora Arlene Clemesha, doutora em história árabe pela USP explica a origem da disputa territorial. ]
‪#‎GAZA‬
Arlene Clemesha é uma historiadora brasileira, professora de História Árabe do curso de Árabe da Universidade de São Paulo (DLO-FFLCH/USP) e atual diretora do Centro de Estudos Árabes da USP.
Biografia:
Nascida na cidade paulista de São José dos Campos, em 18 de dezembro de 1972, Arlene Elizabeth Clemesha é filha de mãe brasileira, Ida Clemesha e pai inglês, Barclay Robert Clemesha, e concluiu sua graduação em História pela Universidade de São Paulo no ano de 1994. Possui mestrado e doutorado em História Econômica pela mesma universidade, onde atualmente é professora. É ainda membro do comitê de coordenação do United Nations International Coordinating Network on Palestine (ICNP-UN).
Créditos: Jornal Hoje - do dia 24/03/2011
Edição das partes: Valdemir Sales
Edição 16:9 Widescreen: Valdemir Sales
Edição HD High Definition ( Melhorado o máximo possível ): Valdemir Sales

quarta-feira, 23 de julho de 2014

ORIGEM DO NOME FAVELA

Origem do nome FAVELA!
 

Favela com o Cristo Redentor ao fundo
 

Você já parou para pensar qual o motivo de chamarmos os bairros pobres e sem infraestrutura de "FAVELAS"? Eu sempre achei que fosse um nome indígena ou qualquer coisa assim,mas a história é bem mais interessante que isto.
 
O origem do nome "FAVELA" remete a um fato marcante ocorrido no Brasil na passagem do século XIX para o século XX: a Guerra de Canudos.
 
Na Caatinga nordestina, é muito comum uma planta espinhenta e extremamente resistente chamada "FAVELA"
 
 
 
Produz óleo comestível e combustível
 
 
Entre 1896 e 1897, liderados por Antônio Conselheiro, milhares de sertanejos cansados da humilhação e dificuldades de sobrevivência num Nordeste tomado de latifúndios improdutivos e secas, criam a cidadela de Canudos, no interior da Bahia, revoltando-se contra a situação calamitosa em que viviam.
 
Mapa da Região de Canudos - Bahia
 
Em Canudos, muitos sertanejos se instalaram nos arredores do "MORRO DA FAVELA", batizado em homenagem a esta planta.
Estátua de Antonio Conselheiro olha pela Nova Canudos.
A cidade original foi alagada para a construção de um Açude
Morro da Favela em dois momentos: Guerra de Canudos (esquerda) e atualmente (Direita)


 
Com medo de que a revolta minasse as bases da República recém instaurada, foi realizado um verdadeiro massacre em Canudos, com milhares de mortes, torturas e estupros em massa, num dos mais negros episódios da história militar brasileira, feito com maciço apoio popular.
 
Quando os soldados republicanos voltaram ao Rio de Janeiro, deixaram de receber seus soldos, e por falta de condições de vida mais digna, instalaram-se em casas de madeira sem nenhuma infraestrutura em  morros da cidade (o primeiro local foi o atual "Morro da Providência"), ao qual passaram a chamar de "FAVELA", relembrando as péssimas condições que encontraram em Canudos.
 
Morro da Providência em foto antiga. Onde tudo começou...
 
Morro da Providência atualmente
Este tipo de sub-moradia já era utilizado a alguns anos pelos escravos libertos, que sem condições financeiras de viver nas cidades, passaram também a habitar as encostas. O termo pegou e todos estes agrupamentos passaram a chamar-se FAVELAS.
Mas existem vários "MITOS" sobre as Favelas que precisam ser avaliados...
01 - Costumamos achar que as maiores Favelas do mundo encontram-se no Brasil, mas é um engano. Nenhuma comunidade brasileira aparece entre as 30 maiores do Mundo. México, Colômbia, Peru e Venezuela lideram o Ranking, em mais um triste recorde para a América Latina.
 
 





Vista aérea da Favela de NEZA, nas proximidades da Cidade do México.
A Maior do Mundo, com mais de 2,5 milhões de Habitantes
 
02 - Outro engano comum é achar que as Favelas são um fenômeno "terceiro-mundista", restrito a países subdesenvolvidos ou emergentes. Apesar de em quantidade bem menor, países desenvolvidos como Espanha também tem suas Favelas, chamadas por lá de "Chabolas".
 
 
Chabolas madrileñas, as favelas espanholas
 
03 - E um terceiro mito é o de que as Favelas apenas aumentam, não importa o que o governo faça...A especulação imobiliária e planos governamentais já acabaram com algumas favelas, mesmo no Rio de Janeiro. O caso mais famoso é o da Favela da Catacumba, ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi extinta em 1970. A Favela do Pinto também é um outro exemplo...
 
 
Favela da Catacumba na Década de 60. Hoje, parque e prédios de luxo
Dizia-se que no local existiu um Cemitério Indígena.
 
 
ORIGEM DOS NOMES DE ALGUMAS FAVELAS DO RJ
 
 
Vista do Morro da Babilônia com Corcovado ao fundo
 
Babilônia
A vegetação exuberante e a vista privilegiada de Copacabana levou os moradores a compararem o local com os "Jardins Suspensos da Babilônia".
 
Rocinha
 
Rocinha
Nos anos 30, após a crise da Bolsa de 1929 que levou vários produtores de café à bancarrota, o  terreno da Fazenda Quebra-Cangalha foi invadido e dividido em pequenas chácaras, que vendiam sua produção na Praça Santos Dumont, responsável pelo abastecimento de toda a Zona Sul da cidade. Quando os clientes perguntavam de onde vinham os legumes, diziam: "-É de uma tal Rocinha lá no Alto da Gávea"
 
Morro da Mangueira
 
Mangueira
Nos anos 40, na entrada da trilha de subida do Morro, que na época ainda era coberto pela mata, foi colocada uma placa que dizia: "Em breve neste local, Fábrica de Chápeus Mangueira". A fábrica nunca foi construída, mas a placa permaneceu, batizando uma das mais emblemáticas comunidades cariocas.
 
Morro do Vidigal
 
Vidigal
Em homenagem ao dono original do terreno onde hoje se localiza a Favela, o Major Miguel Nunes Vidigal, figura muito influente durante o Império.
                                  (Autor Desconhecido)

terça-feira, 8 de julho de 2014

TROVADORISMO - 1º ANO

LITERATURA:  TROVADORISMO              PROF  NÁDIA BARROS           1º ANO
 


Chama-se de Trovadorismo o primeiro período da literatura portuguesa onde é estudada a produção literária da Idade Média  entre os  anos de 1189 (ou 1198) e 1385, isto é, século XII ao século XIV. A primeira data (1189) seria a da mais antiga composição lírica galego-portuguesa denominada "Cantiga da Ribeirinha", de Paio Soares de Taveirós. A segunda data 1198 marca o final da primeira dinastia reinante em Portugal: a dos Borgonha. Nessa época, Portugal começava a firmar-se como reino independente, embora mantivesse laços econômicos, sociais e culturais com o restante da Península Ibérica. Desses laços, surgiu,  próximo a Galícia (região ao norte do rio Douro), uma língua particular, de traços próprios, chamada galego-português e a produção literária dessa época foi feita nesta variedade linguística. Essa língua deu origem à língua portuguesa.  


PANORAMA HISTÓRICO:  O Trovadorismo corresponde a uma das fases mais turbulentas da história de Portugal. Em 1139, D. Afonso Henriques proclamou-se rei e iniciou a luta contra Leão e Castela, pela independência do Condado Portucalense. O novo reino foi reconhecido em 1143, pelo tratado de Zamora. Mas isso não trouxe ainda a paz ao pequeno país que nascia, pois faltava conquistar as terras do sul, dominadas pelos árabes desde o século VIII. A guerra contra os mouros prolongou-se até meados do século XV e faz perdurar, na nobreza, o espírito guerreiro e aventureiro das Cruzadas. É daí o gosto tardio pelas novelas de cavalaria em Portugal. A cultura trovadoresca refletia bem o panorama histórico desse período: as Cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o poder espiritual do clero.


SISTEMA ECONÔMICO E POLÍTICO: O sistema, chamado feudalismo, consistia numa hierarquia rígida entre senhores: um deles o suserano ou senhor feudal, fazia a concessão de uma porção de terra, chamada de feudo a outro indivíduo, o vassalo ou servo. O suserano, no regime feudal, prometia proteção ao vassalo como recompensa por certos serviços prestados. Essa relação de dependência entre suserano e vassalo era denominada de vassalagem. Havia ainda outra classe social: o clero. Nessa época, o poder da Igreja era bastante forte, porque ele possuía grandes extensões de terra, além de dedicar-se à política. 



RELIGIOSIDADE: A religiosidade foi um aspecto marcante da cultura medieval portuguesa e os conventos difundiam essa cultura. Eram neles que se escolhiam os textos filosóficos a serem divulgados, em função da moral cristã. A vida do povo lusitano estava voltada para os valores espirituais e a salvação da alma, Nessa época eram frequentes as procissões, as romarias, além das próprias Cruzadas - expedições realizadas durante a Idade Média, que tinham por objetivo a libertação dos lugares santos, situados na Palestina e venerado pelos cristãos. Essa época foi caracterizada por uma visão teocêntrica (Deus como centro do Universo). O espírito religioso medieval refletiu-se nas novelas de Cavalaria como na poesia de temática religiosa (Cantiga de Santa Maria, de D. Afonso X), nas hagiografias (biografia de santo) e nas obras de devoção. 


ARQUITETURA: Na arquitetura, o estilo gótico predominava na construção de enormes e imponentes catedrais, projetadas para o alto, à semelhança de mãos em prece tentando tocar o céu.


ARTES: A pintura e a escultura procuravam retratar cenas da vida de santos ou episódios bíblicos.

LITERATURA: Desenvolveu-se em Portugal um movimento poético chamado Trovadorismo. Os poemas produzidos eram feitos para serem cantados por poetas e músicos (trovadores, menestréis, jograis e segreis). Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhadas por instrumentos de corda e de sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.

·      trovador: poeta que compunha a letra e a música de canções; em geral era uma pessoa culta, quase sempre nobres, contando entre  alguns reis , como D Sancho I, D. Afonso X , D. Dinis.
·         jogral: cantor de origem plebeia.
·         menestrel: músico-poeta que vivia na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra.
·         segrel: trovador profissional, fidalgo desqualificado que ia de corte em corte, acompanhado de um jogral.

  CARACTERÍSTICAS DA CANTIGAS:
   ·         Língua: galego-portuguesa.
   ·         Tradição oral e coletiva.
   ·      Poesia de tradição oral, cantada e acompanhada por instrumentos musicais, colecionadas posteriormente em cancioneiros.
   ·         Autores: trovadores.
   ·         Intérpretes: jograis, segreis e menestréis.
   ·         Gênero: lírico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satírico (cantigas de escárnio, cantigas de maldizer).
   ·         Acompanhadas por dança.