quinta-feira, 7 de agosto de 2014

POR QUE LER?

A LEITURA QUE LIBERTA

Quando descobrimos a delícia de ler, nosso aprendizado na vida adquire proporções ilimitadas. Mas isso não é tudo. A palavra escrita também é um instrumento revolucionário. Ela desperta as consciências, revoluciona o espírito humano, derruba governos corruptos e provoca grandes transformações sociais. O escritor argentino Jorge Luis Borges escreveu:

“Dos instrumentos do homem, o livro é, sem dúvida, o mais assombroso. Os demais são extensões do corpo. O microscópio, o telescópio, são extensões da sua vista; o telefone é extensão da sua voz; depois temos o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é extensão da memória e da imaginação.”

É claro que o ato de ler tem seus perigos. Há livros que nos libertam da ignorância, mas há leituras que são inúteis ou até prejudiciais. O bom gosto e o critério correto são armas indispensáveis na hora de escolher textos. E, feita a escolha, há maneiras certas e erradas de ler a obra preferida. Para Jorge Luis Borges, “colocar um livro nas mãos de um ignorante é tão perigoso como pôr uma espada nas mãos de uma criança.” Segundo ele, a função do livro “não é revelar-nos as coisas, mas, simplesmente, ajudar-nos a descobri-las”. [1] Assim, não devemos acreditar supersticiosamente em tudo que lemos. A palavra escrita é apenas um instrumento decisivo para que encontremos a verdade por nós mesmos.

NOTA:

[1] “Borges, Oral”, Jorge Luis Borges, Emecé Editores, Buenos Aires, 1979, 105 pp. Veja, respectivamente, as pp. 13 e 16.

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